mais água no mate

•09/24/2012 • 1 Comentário

cigarro

É muito fácil gostar de quem te perde.

Eu só queria voltar para o dia em que de mim, você gostava. Ver seus olhos baixos e saber que se eu tocasse o seu rosto eu teria uma boa resposta. Abraçar-te no meio de todos e fazer do centro o nosso canto. Parar de ouvir e enxergar e apenas sentir o que ambos não sentíamos a tempo. Deus sabe que a vida não foi justa, mas quem somos nós para reclamar. Sentir o adeus como um corte, mas mesmo assim deixar ir. Embriagar a vingança, sentir esperança e não querer vomitar. Porque nós somos jovens, ainda somos fortes e só queremos brincar. Eu só queria ter seu rosto de volta e a maciez aflita de uma quase manhã. Nossa mãe nos ensinou a nunca falar com estranhos. Embriagados não possuem regras. Segurava meu rosto e me mordia,       conferia. Queria ver meu rosto direito, queria ver se eu realmente prestava. Tive medo do seu julgamento e me abaixava envergonhado. Beijou meu peito, quase sem jeito, levantou meu rosto, quase sem gosto, e me disse do jeito errado “Me morde, me abraça, me leva, que hoje estarei só do seu lado!”.

o que eu já tinha.

•03/27/2012 • Deixe um comentário

Seu cotovelo era branco, meio cinza, meio sujo. Ele chorava no meu seio, seu cotovelo no meu umbigo, eu o seguia e abraçava, eu dizia que o amava, mas era um cotovelo branco, meio cinza, meio sujo, na minha canela ele roçava, quando timidamente ele me amava ,arranhando a barba mal feita aprendendo a dançar, dizendo bem baixinho que ia me ensinar, eu não sei se já falei, mas era um cotovelo branco, meio cinza, meio sujo, que de costas via o beijo, que lhe apertava de desejo, que morria enquanto era tempo, que sentia o movimento, que seguia e morria, que chorava quando não me via,que me olhava enquanto eu ia.
Para nunca mais voltar…

manhã

•11/11/2011 • Deixe um comentário

Era 2 de março ou 2 de agosto,nunca decoro datas,mas era cedo ,ela tinha na mão um cigarro e um saco de pães,o cabelo curto e os olhos matinais “Você só sabe escrever,não sabe viver!”ela disse aquilo que eu já sabia de cor,mas fazia questão de mascarar as palavras,fingindo que aquilo era uma piada,uma piada individual,mas era uma piada,esquecendo que para mim,a vida nunca foi uma piada Continue lendo ‘manhã’

cigarro.

•06/27/2011 • 1 Comentário

Acendi meu primeiro cigarro antes do meu primeiro beijo, eu devia ter 15/16 anos, algo assim.Mesmo entorpecido pelas campanhas antitabagismo que frequentavam a minha escola e residência desde a infância, e a imagem ainda tão longínqua e nítida do meu avô tossindo feito um louco, devido ao cigarro e ao cachimbo que ele fumava.Velhice para mim tem cheiro de tabaco no cachimbo, um quarto cheio de papéis e fotos antigas com algo escrito no verso, um rádio antigo, um conselho repetido “Coma geral!!”e uma justificativa para não jogar o que é velho “Nunca aprendi a mexer nesses rádios modernos,cheios de coisa…” Continue lendo ‘cigarro.’

julho e júlia

•10/21/2010 • 2 Comentários

Olá, primeiramente gostaria de dizer que estou vivo (agradeço a preocupação) e também de pedir mil desculpas devido à falta de textos aqui nesse blog e todos os outros que eu colaboro junto com amigos ou com pessoas que eu “realmente” não conheço.
Tenho andado bem ocupado ultimamente, dormido pouco, lendo apenas no ônibus enfim zumbi total, nem pretendia escrever nada,mas recebi um selo: http://loseyourcoolinpublic.blogspot.com/2010/09/selo-indicacoes.html
E agora me sinto motivado a escrever.Recomendadissimo o blog heim…

Enfim o texto que segue foi escrito a lápis na parte de trás de uma prova de biologia, eu devia ter uns 16 anos.Pelo texto da para saber (mais ou menos) o que acontecia, mas qualquer dúvida não se avexem, mandem um email e perguntem.

“Começo de agosto e o frio era o mesmo, eu tremia como a janela da minha casa, quando ela passou do meu lado e queimou no chão a certeza de dias comuns. Continue lendo ‘julho e júlia’

Começou…

•07/24/2010 • 3 Comentários

Começou a rinha de magnata, as suas musiquinhas terríveis, os seus panfletos promissores e as suas promessas que não serão cumpridas. Continue lendo ‘Começou…’